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Resultados da pesquisa

115 itens encontrados para ""

  • Uma segunda chance ao Macacu!

    O monitoramento é parte essencial da reintrodução. As fotos das armadilhas fotográficas mostraram que a anta Macacu, reintroduzida em outubro passado, estava muito machucada, com marcas de briga com outras antas. Decidimos colocar o Macacu novamente em um cercado de aclimatação para tratamento, onde passou um mês para tratar bicheiras, cicatrizar as feridas e ganhar peso, com orientação do veterinário Jeferson Pires e cuidado da equipe e do tratador Sidnei. O Macacu se recuperou bem, teve alta e voltou para as matas da REGUA. Ele continuará sendo monitorado de perto para termos certeza que vai ficar tudo bem com ele. A reintrodução das antas no estado do Rio de Janeiro é uma iniciativa do Refauna, com coordenação técnica do Laboratório de Ecologia e Manejo de Animais Silvestres (LEMAS/IFRJ) e Joana Macedo, em parceria com REGUA e o Projeto Guapiaçu, que conta com patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, e Asa Socioambiental, que conta com patrocínio da Eletrobras Furnas. Data: 25/01/22

  • Plantio de mudas no dia Internacional da Mulher

    Na semana passada, iniciamos o plantio em uma área de um hectare no Sítio Recanto Feliz, propriedade da família Prohmann, onde também se encontra a sede da empresa ActionShop Serviços Ambientais (tratamento de efluentes). Contamos com a presença do casal Arthur e Mary e sua filha Liliane, que colocaram a mão na massa promovendo o plantio de espécies significativas e simbólicas da Mata Atlântica como Jequitibás, Ipês e Quaresmeiras (familias Lecythidaceae, Bignoniaceae e Melastomataceae respectivamente). Além da ação consciente e de grande preocupação com as gerações futuras, Arthur Prohmann presenteou a equipe da REGUA ao recitar um poema de sua autoria, homenageando o dia internacional das mulheres e o meio ambiente. A atividade de restauração florestal realizada no Sítio Recanto Feliz está sendo possível por meio de uma parceria entre a REGUA e a WWF-Brasil. Data: 14/03/22

  • Conheça as borboletas Monarca e Rainha

    Estas borboletas de viva coloração vermelho-tijolo com listras pretas brilhantes e um número variável de pontos brancos pertencem à subfamília Danainae dos Ninfalídeos. A maioria dos gêneros desta família voa na África tropical e nas regiões Indo-Australásicas, onde se apresentam principalmente de cor negra-marrom, creme ou branco-esverdeada. No entanto, o cosmopolita gênero Danaus apresenta mais espécies nas Américas e se compõe majoritariamente de espécies vermelho-alaranjadas, com algumas exceções no Velho Mundo. São borboletas migratórias de vida longa, sendo a borboleta Monarca mundialmente famosa por suas migrações anuais em massa entre o Canadá e a região central do México. Essas borboletas são um modelo popularizado entre os pesquisadores que estudam as relações bioquímicas entre insetos e plantas devido à facilidade de criá-las em grande número em laboratório. As espécies de Danaus retêm alguns dos compostos químicos secundários tóxicos de suas plantas hospedeiras que as protegem de predadores durante sua vida adulta. A pesquisadora Daniela estuda essas relações há décadas, desde seus tempos na UNICAMP junto ao grupo especializado nessas interações inseto-planta de lá. Há um par de anos que se mudou para a UFRJ no Rio de Janeiro tendo continuado suas pesquisas na REGUA e regiões vizinhas onde tanto Danauserippus como D. gilippus (ligeiramente menor e com mais pontos brancos) são residentes comuns. Suas larvas se alimentam localmente de “Milkweed” (Asclepias curassavica), uma planta herbácia perene que ocorre em áreas ensolaradas ao longo de estradas, trilhas e bordas de campos de lavouras. Recentemente, uma espécie exótica de Asclepias colonizou algumas áreas litorâneas do Brasil levantando algumas questões, pelo que Daniela agora está testando o desempenho das larvas de Danaus erippus se alimentando nesta planta, em termos de nutrição, taxa de crescimento e sobrevivência das larvas. Data: 30/05/22

  • 12 - As árvores da Mata Atlântica: a Braúna (Melanoxylon brauna)

    A braúna é uma espécie arbórea endêmica da Mata Atlântica, pertencente à família Leguminosae, encontrada no sul do estado da Bahia, Espírito Santo, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Seu estado de conservação na categoria “Vulnerável” pela IUCN remete ao uso intensivo da sua madeira compacta e pesada na indústria civil assim como na confecção de instrumentos musicais, cabos de ferramenta, postes e mourões. A braúna é uma espécie semi-decídua, heliófita, encontrada em florestas tanto primárias como em florestas secundárias tardias. Sua dispersão se dá pela ação do vento (anemocórica). Este exemplar se encontra na área do “Francês”, que são nossos vizinhos e parceiros. Data: 14/07/21

  • 14 - Conheça as mariposas perfuradoras de frutas!

    A maioria das mariposas se alimentam do néctar de flores e assim se comportam como polinizadoras. Uma outra parte vive poucas horas ou dias e acumulam gordura na fase larvar, pelo que os adultos mal se alimentam,bebendo apenas água. No entanto, vários grupos da família Erebidae (ex-Noctuidae latu sensu + Arctiidae) são frugívoras, se alimentando de frutas maduras em inicio de decomposição. Elas incluem o conhecido e popular gênero Catocala da região temperada setentrional, que podem ser atraídas pincelando purê de frutas sobre cascas e troncos de arvores. Alguns gêneros da subfamília Calpinae se especializaram em perfurar a casca de frutas intactas com a espiritrompa, peça bucal tipica de 99% dos lepidópteros adultos, que neste caso possui uma extremidade pontiaguda e farpada, propiciando que a mariposa possa perfurar a casca da fruta a sorver o suco dela, sendo algumas delas consideradas pestes de pomares de frutas cítricas. Na nossa região ocorre o colorido gênero Eudocima, de distribuição Pantropical (com especies em todas as regiões tropicais) exemplificado pelo individuo aqui flagrado sobre uma fruta caída no solo. Finalmente, a titulo de ‘curiosidade’, a Natureza foi um pouco mais alem e as modificações da espiritrompa que possibilitaram a perfuração de frutas intactas, com alguns aperfeiçoamentos, permitiram o aparecimento de algumas especies hematófagas no Sudeste asiático capazes de perfurar a pele de mamíferos para se alimentarem do sangue de animais de grande porte, inclusive o gado local. São as mariposas ‘vampiras’ do gênero Calyptra. O tipico nesse gênero asiático é se alimentar da secreção lacrimal desses animais, mas uma meia duzia de especies se especializaram na hematofagia, que nem os pernilongos. Data: 22/06/21

  • 15 - Corujinha-sapo (Megascops atricapilla)

    A corujinha-sapo (Megascops atricapilla) pertence a familia Strigidae que compreende todas as espécies de corujas do Brasil com exceção da coruja-da-igreja (Tyto furcata). A corujinha-sapo está presente no Sudeste do Brasil, no norte da Argentina e no leste do Paraguay. Segundo a classificação da IUCN sua categoria é de Pouco Preocupante (LC). De hábito crepuscular, como o da maioria das corujas, se alimenta de insetos variados, de roedores, de pequenos mamíferos e de aves de tamanho reduzido. Utilizam cavidades ocas de árvores e ninhos abandonados para nidificar. Estas corujinhas estão associadas com as florestas Ombrófilas densas bem preservadas. Este registro foi feito por Adilei Cunha, que ouvia o seu canto há alguns dias, próximo à sua casa, decidindo uma noite aventurar-se pela mata à sua procura! Data: 01/06/2021

  • 16 - Treinamento para os guarda-parques da REGUA

    Durante o mês de maio, o curso de treinamento dos guarda-parques da REGUA estará sendo liderado pelo médico veterinário Eduardo Rubião, fundador da Consultoria ambiental Phoenix. Através da Instituição Rain Forest Trust será possível realizar estes encontros, que visam aprimorar o trabalho de proteção e conservação da REGUA na bacia do rio Guapiacu. O papel vital dos guarda-parques como guardiões do patrimônio ambiental e sua relevância para a sociedade, primeiros-socorros, unidades de conservação e suas diferentes categorias, monitoramento de trilha e a sua sinalização são alguns dos tópicos que serão abordados durante o curso. A presença dos guarda-parques na REGUA garante a integridade e manutenção da biodiversidade e os serviços ecossistêmicos por ela providos. Data: 17/05/21

  • 17 - Desafio da Natureza Urbana 2021: Baía de Guanabara, RJ, Brasil.

    Participamos do Desafio da Natureza Urbana 2021: Baía de Guanabara, RJ, Brasil, que durou do dia 29 de abril até o dia 03 de maio. Contamos com a visita do Eric Fisher, que teve um importante protagonismo neste desafio. O objetivo desta Bioblitz foi registrar a maior quantidade de organismos (animais, plantas, fungos e musgos) possível, além de estarmos fazendo parte de uma DISPUTA mundial, entre mais de 400 cidades e regiões de 40 países dos 5 continentes, em que poderemos mostrar a grande diversidade biológica existente nos ambientes aquáticos (manguezais, lagoas e mar), nas planícies e montanhas (mata atlântica e restinga) e nas áreas urbanas (residências, jardins, ruas, praças, praias, parques e jardins) da região em que estamos inseridos. Foram feitas cerca de 2.1400 observações, com a participação de 88 entusiastas da Natureza e identificação de 880 espécies até o momento! Não pudemos abrir este evento ao público devido à pandemia, mas não queríamos deixá-lo passar em branco tampouco. Já contamos com ótimas observações e estamos entusiasmados em continuar praticando a ciência cidadã, através do Inaturalist. Link do projeto: https://www.inaturalist.org/projects/desafio-da-natureza-urbana-2021-baia-de-guanabara-rj-brasil Data: 05/05/2021

  • 18 - As Borboletas Malaquita - Siproeta stelenes meridionalis (Fruhstorfer, 1909)

    Por alguma razão, o verde não é uma cor comum ou popular entre as borboletas neotropicais. Ao contrário de outras regiões tropicais do Velho Mundo, ocorrem apenas uma dúzia de borboletas esverdeadas nos trópicos americanos (alguns licenídeos dos gêneros Cyanophrys, Evenus, Arcas, Erora, alguns papilionídeos e Nessaea). entre elas o exemplo mais chamativo é a enorme borboleta verde malaquita, com linhas marrom e grandes asas quadradas de margens denteadas. Esta borboleta é uma imitação dos heliconídios (borboletas de asa longa) Philaethria wernickei e P. dido, das quais virtualmnte se distingue apenas pelo maior tamanho, asas menos alongadas e a margem externa da asa posterior fortemente serrilhada com 3 pequenas indentações. É uma espécie comum encontrada em uma vasta área das Américas do sul do Texas, Flórida e das Índias Ocidentais até a Bolívia, Argentina, Paraguai e sul do Brasil. Os adultos são espécies típicas de floresta aberta, encontradas desde o nível do mar até 1.500 metros em habitat florestal úmido ou sazonalmente perturbado, como clareiras, margens de rios, estradas, bordas, vegetação secundária e até pomares ou jardins onde muitas espécies herbáceas de Acanthaceae prosperam (Blechum , Justicia, Ruellia). Os adultos são atraídos por flores e frutas podres, eles costumam repousar e se ensolarar na folhagem mais baixa em trilhas, estradas ou jardins, e as fêmeas patrulham pequenos trechos desse habitat em busca de suas plantas hospedeiras para colocar os ovos de onde eclodem as lagartas da próxima geração. Estas são preto-oliva com tubérculos rosados ​​e brancos, lembrando muito as lagartas tóxicas de Parides e Battus (Papilionídeos). As pupas são verde-limão claras com alguns espinhos curtos. Data: 09/04/21

  • 19 - Macuco

    A observação de aves exige muita atenção e resistência física de qualquer observador que se propõe a aventurar-se pela REGUA. O clima quente e úmido, característico da Mata Atlântica, as trilhas sinuosas e íngremes, somados à timidez natural dos pássaros, torna este hobby um verdadeiro desafio. Até a serrapilheira da floresta, composta por restos de plantas e acúmulo de material orgânico vivo em diferentes estágios de decomposição, pode atrapalhar esta atividade, pois o ruído ao se pisar neste material, denuncia a presença de alguém nas trilhas. Uma das aves mais difíceis de ser avistada é o Macuco (Tinamus solitarius), uma grande ave terrestre que foi historicamente perseguida e estimada pela sua carne. O Macuco é endêmico da Mata Atlântica, se alimenta principalmente de insetos e é caracterizado como “Quase ameaçada” pela Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. Embora a caça tenha diminuído significativamente na REGUA, escuta-se ocasionalmente o canto desses pássaros na floresta, mesmo assim sendo bem difícil avistá-lo. Provavelmente é mais fácil encontrar um ninho no solo com alguns ovos verde-esmeralda, do que os próprios pássaros. Adilei da Cunha, em uma das suas caminhadas, contou seu entusiasmo ao ouvir um adulto vocalizando e, ao tentar seguí-lo, encontrou apenas um filhote tentando se camuflar entre as folhas. Como estava bem escondido, foi difícil capturar uma imagem nítida. Foi um momento de alegria para Adilei, já que raramente vê esses pássaros na natureza. Esse é um bom sinal de que os esforços da REGUA para a proteção e conservação das florestas, estão contribuindo para o aumento da população de muitas espécies da fauna local. Data: 04/04/21

  • 20 - Pesquisa com Anuros em poças artificiais

    João Souza está desenvolvendo seu trabalho de campo na REGUA e seu projeto de mestrado analisa, de forma experimental, como áreas fragmentadas podem afetar a produção secundária de girinos em uma área de matriz no bioma de Mata Atlântica. Essa pesquisa pretende demonstrar a importância de árvores isoladas na manutenção de processos ecossistêmicos naturais. Como parte desses processos ecossistêmicos está o fluxo de energia (entrada e saída) – representada pela luz solar, que não é reciclada, – e pela matéria, biomassa presente em todos os níveis tróficos, que é continuamente reciclada. Girino coletado que será levado para o laboratório para ser identificado (© Micaela Locke). Esses fluxos fazem com que ocorram processos de produção no ambiente. Essa produtividade é classificada em Produtividade Primária Bruta (PPB), Produtividade Primária Líquida (PPL) e Produtividade Secundária Líquida (PSL). A produtividade primária bruta corresponde ao quanto de matéria orgânica é sintetizada pelos seres produtores em determinada região em certo período. Quanto maior a taxa de fotossíntese, maior será a produtividade primária bruta. A luz, o gás carbônico, a água, a temperatura e os sais minerais são alguns fatores que interferem na fotossíntese. Já a energia contida na biomassa dos organismos autotróficos, medida durante um determinado intervalo de tempo, corresponde à produtividade primária líquida. O aluno João Souza realizando a coleta de girinos (© Micaela Locke). A produtividade secundária líquida refere-se ao total de biomassa armazenada no corpo de um herbívoro, em determinado intervalo de tempo, correspondendo à energia que ele conseguiu absorver dos alimentos que ingeriu – já contabilizadas as taxas de gasto de energia de seu metabolismo. Nesse sentido, o desenvolvimento da pesquisa do João pode apresentar importantes resultados que demostrem a importância da conservação de nossas áreas de vegetação para manutenção de um importante processo ecossistêmico natural – a produção secundária, e principalmente poder entender como o grupo dos anuros, que é o táxon de vertebrados com maior número de espécies ameaçadas, é afetado pela perda de vegetação. Data: 18/03/21

  • 22 - Pesquisa com Coleóptera na REGUA

    A pesquisa científica além de contribuir para a geração do conhecimento local, auxilia a comunidade científica a preencher diversas lacunas e áreas do saber que ainda devem ser investigadas. Esta semana recebemos a visita de dois pesquisadores, o Ederson e a Beatriz, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que estão buscando larvas da espécie Amalactus carbonarius, família dos Curculionídeos, mais conhecidos como gorgulhos. É o primeiro registro desta espécie colonizando as Taboas (Thypa domingensis), que são encontradas nos alagados da REGUA. As Taboas se espalham rapidamente no ambiente natural, porém é importante manter o equilíbrio entre a área que elas ocupam e a área em que podem ser abrigo para diversos insetos! Data: 18/02/21

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