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- Muriqui-do-sul
O Muriqui-do-sul ( Brachyteles arachnoides ) é o maior primata das Américas, encontrado apenas na Mata Atlântica, na Serra do Mar nos estados do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e uma área pequena de Minas Gerais. Sua população vem declinando nos últimos anos devido à fragmentação das florestas e à caça predatória. O muriqui-do-sul é uma espécie classificada globalmente como “criticamente ameaçada” pela lista vermelha da IUCN. Neste ano, no mês de maio, demos início ao programa de monitoramento dos muriquis, realizado aqui na REGUA / PETP, com a participação ativa do guarda-parque Rildo da Rosa e o colaborador Gabriel Teixeira, junto aos pesquisadores do Caminho da Mata Atlântica com o apoio do ASA - Instituto de Ação Socioambiental. O objetivo é encontrar e mapear as populações de muriqui - do - sul dentro desse território utilizando principalmente o método de busca ativa.
- Um achado surpreendente após 12 anos de amostragens no Fragmento Cunha.
Para os nossos hóspedes e visitantes amantes de fotografia da natureza, insetos e aracnídeos, um local popular para visitar nas suas excursões pela REGUA é o fragmento florestal ‘Onofre Cunha’. É um dos maiores fragmentos florestais da baixada existente na região, grosseiramente cortado em dois trechos pela estrada asfaltada que liga o Funchal ao Guapiaçu. Apesar de ter sofrido corte seletivo, caça e alguma degradação por atividades agrícolas circundantes, ainda assim podem se observar com certa regularidade muitas espécies interessantes, raras ou difíceis de encontrar (o oposto de áreas reflorestadas que exibem muitas flutuações populacionais) e muitos registros novos ao longo dos anos se originaram ali. Assim, não é à toa que após 12 anos de visitas regulares, amostragens e monitoramento de borboletas nesse fragmento, um exemplar da mais rara das borboletas imperador da América do Sul (gênero Doxocopa ) surgiu repentinamente, se exibindo em um ensolarado local da trilha durante o início da manhã por tempo suficiente para ser fotografada! Doxocopa laurona é uma espécie endêmica da Mata Atlântica conhecida apenas de uma meia dúzia de localidades dispersas pelo Sul e Sudeste do Brasil, desde o nível do mar até cerca de 900 m: vale do Rio Doce (estados de MG e ES), Petrópolis (localidade tipo) e colinas florestadas na região dos lagos de Saquarema a Cabo Frio (RJ), Antonina (PR) e Joinville (SC). A foto acima retrata um macho inconfundível de Doxocopa laurona que pertence a um grupo de quatro espécies onde ambos os sexos são miméticos de Adelpha (geralmente apenas as fêmeas de Doxocopa se assemelham a Adelpha ). Neste grupo apenas os machos de 3 delas apresentam o conspícuo reflexo roxo-violeta dependendo do ângulo de abertura das asas. Assim, é fácil distinguir os machos de D. laurona dos da espécie mais comum e difundida do grupo – Doxocopa linda – pois, tal como as fêmeas, os machos desta carecem desse reflexo púrpura-violeta. Curiosamente, esta espécie voa por toda a América Tropical continental junto com as demais espécies do grupo cujos machos possuem o reflexo, ao passo que estas apresentam distribuições geográficas mutuamente exclusivas entre si, não existindo sobreposição das respectivas áreas de voo. Isso se deve ao fato de que o reflexo violeta dos machos é um caractere sexual secundário que provavelmente orienta as respetivas fêmeas na seleção do macho conspecífico adequado, evitando assim a hibridização entre espécies distintas na natureza. Isso justificaria porque D. linda é a única espécie que voa junto com as demais do grupo, dado que seus machos são inconfundíveis pela ausência do reflexo, compartilhando localmente território com D. laurona no Sul e Sudeste do Brasil. Nesse mesmo dia foi flagrada uma fêmea desse grupo durante um monitoramento na mesma trilha, identificada originalmente como D. linda. No entanto, como se viu, tanto poderia ser esta ou uma fêmea de D. laurona (previamente desconhecida na região), porque ambas são desprovidas de reflexo violeta e muito semelhantes entre si. Data: 11/04/22
- 31 de julho, celebramos o Dia Mundial do Guarda-parque
Nesta data celebramos o Dia Mundial do Guarda-parque, uma oportunidade para expressar nossa profunda admiração e gratidão a um grupo de homens que dedicam suas vidas à proteção da natureza na bacia hidrográfica de Guapiaçu. O cuidado e o compromisso demonstrados em suas patrulhas diárias contra a caça ilegal e na prevenção de incêndios florestais, a assistência aos visitantes e pesquisadores, e a manutenção contínua das trilhas e da sede da REGUA são uma fonte genuína de inspiração para todos nós. Matheus Cardoso, o mais jovem guarda-parque da Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA), tem se destacado pelo seu trabalho exemplar na conservação ambiental. Ele é responsável pelo monitoramento das trilhas e pelo acompanhamento de pesquisadores de diversas partes do mundo que visitam a reserva. Segundo ele, estar na trilha ao lado dos pesquisadores, testemunhando suas descobertas e estudos, é uma fonte de grande satisfação. Seu compromisso e dedicação têm sido fundamentais para o sucesso das atividades de pesquisa e conservação na REGUA.
- Curso Florescência termina com êxito, destacando o papel das mulheres na Restauração Florestal
No último sábado, 27 de julho, foi finalizado o curso Florescência, uma jornada transformadora que evidenciou o papel essencial das mulheres na restauração dos ecossistemas florestais. Durante cinco encontros, as participantes mergulharam no funcionamento dos ecossistemas, aprenderam técnicas de produção de mudas e métodos práticos e teóricos de restauração florestal. As atividades incluíram oficinas sobre plantas medicinais, óleos essenciais, alimentação inclusiva e agrofloresta. O curso foi realizado na Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA) em parceria com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), como parte do projeto REPLÂNTICA. Este projeto é financiado pelo Ministério do Meio Ambiente da Alemanha através da Iniciativa Internacional de Proteção Climática (IKI). No último encontro do curso Florescência, as participantes tiveram a oportunidade de realizar uma visita técnica no Sítio Sol Nascente Orgânicos, localizado no município de Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. A visita proporcionou um aprendizado prático sobre agrofloresta, permitindo que as mulheres vissem de perto o funcionamento de um sítio de agricultura familiar voltado para a produção de produtos agroflorestais com um sistema agroecológico de produção e certificação orgânica.
- WWF Brasil e REGUA: parceria que continua dando frutos
A proteção do meio-ambiente em Cachoeiras de Macacu conta com um grande aliado. Tendo início no ano de 2021, a parceria entre a WWF Brasil e a Reserva Ecológica do Guapiaçu (REGUA) continua dando frutos. Parceria que foi renovada e está no seu segundo de contrato é responsável, nesta nova fase, pelo reflorestamento de uma área de 25 hectares, na Fazenda Solar da REGUA (uma área adquirida pela reserva para reflorestamento). Cerca de 40 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica (além de espécies nativas da região, totalizando cerca de 200 espécies) foram plantadas na Fazenda Solar da REGUA. “Não tem um ano que iniciamos o plantio e já temos exemplares neste tamanho”, comentou Aline Damasceno de Azevedo, engenheira florestal do projeto, mostrando um Guapuruvu com mais de dois metros de altura. FAUNA. Essas primeiras espécies têm suas sementes propagadas pelo vento, já que os animais ainda não chegaram. “A gente espera que a floresta seja colonizada primeiro pela avifauna, e depois começam a chegar os pequenos mamíferos, como os roedores. Conforme a área de floresta for evoluindo, espera-se que animais de maior porte também surjam, como as próprias antas, que são oriundas de um projeto de reintrodução muito importante realizado aqui na REGUA com parceiros, pode vir um dia a se alimentar dos frutos das árvores aqui plantadas, com isso consigam se auto sustentar. Então teremos da base da cadeia alimentar até o topo, colonizando estas áreas restauradas”, explicou Aline, que usou uma variabilidade de técnicas de restauração florestal, incluindo o plantio total, o enriquecimento de espécies e a semeadura direta (esta última feita em parceria com a Universidade Federal Rural, do Rio de Janeiro). ESSENCIAL. Considerando a parceria entre a WWF Brasil e a REGUA, essencial para o cumprimento da missão da REGUA, que é recuperar e proteger a biodiversidade da Bacia do Rio Guapiaçu, Alexander Copello, consultor que faz a gestão do projeto, falou sobre como os trabalhos de restauração florestal possibilitam a criação de corredores de matas, conhecidos como corredores ecológicos, estratégia para resgatar a biodiversidade de uma determinada região degradada - Essas parcerias são essenciais, desde a aquisição da área para a conexão de fragmentos de mata, e a criação de corredores de biodiversidade, e depois fazer a atividade de restauração. Isso demanda recursos financeiros e humanos, por isso as parcerias são muito importantes. Especificamente aqui no Solar da REGUA, temos essa parceria técnico-financeira com a WWF Brasil, que é primordial. Sem essas parcerias não se consegue empenhar recursos para a execução do projeto de restauração – declarou Alexsander. LEGADO. Destacando que o grande legado após o reflorestamento da área será desfrutado por toda a sociedade (com a recarga dos corpos hídricos da região e a garantia da oferta de água para o consumo humano) o gestor acredita que frente aos excelentes resultados alcançados a parceria entre a WWF Brasil e a REGUA tem o potencial de se estabelecer por mais um bom tempo (o contrato atual termina em março de 2025). - A REGUA tem 23 anos de reputação técnica e a gente verifica, nas visitas técnicas dos parceiros, o sucesso de nossas empreitadas e iniciativas. O resultado a REGUA tem, e a instituição espera que essa parceria continue para perpetuação das atividades - concluiu Alexsander. IMPACTO ECONÔMICO. O projeto de reflorestamento da Fazenda Solar da REGUA emprega diretamente 10 pessoas, sendo oito destes trabalhadores moradores da região do Guapiaçu, o que gera renda na região e a distribuição dessa renda na economia local. Juntando aos outros projetos executados pela REGUA, o total de trabalhadores na Reserva chega a 50 pessoas, com a maior parte sendo moradores do entorno da entidade. Matéria publicada pelo Jornal Estado em Notícias
- Curso Florescência inicia com Êxito, Enfatizando o papel das mulheres na Restauração Florestal
O dia 15 de julho marcou o início do curso Florescência, uma jornada transformadora que destaca o papel essencial das mulheres na restauração dos ecossistemas florestais. Ao longo de cinco encontros, as participantes explorarão o funcionamento dos ecossistemas, aprenderão sobre a produção de mudas e descobrirão métodos práticos e teóricos de restauração florestal. Nesta edição, durante uma aula prática, as participantes puderam aprender como fazer sabonete utilizando plantas medicinais encontradas na própria região. Essa iniciativa é promovida pelo Instituto de Tecnologia e Gestão de Recursos nos Trópicos e Subtrópicos (ITT) da Universidade de Colônia, Alemanha, em parceria com a Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA) e o Instituto de Florestas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Baseada no conhecimento local e na vasta experiência em restauração ecológica da REGUA, a capacitação visa empoderar mulheres da zona rural, mostrando a importância da preservação da natureza e como é possível produzir alimentação saudável e artesanato de forma sustentável. "Estamos tendo uma troca de experiências maravilhosa. Estou aprendendo e amando," disse Maria da Penha, participante do curso.
- III Encontro Científico da Reserva Ecológica de Guapiaçu: Promove Ciência e a Conservação Ambiental
Hoje, dia 08 de maio de 2024, marcou o palco para o terceiro Encontro Científico da Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA). Sob o teto acolhedor da sede da REGUA, mais de 70 indivíduos se reuniram para celebrar e compartilhar os frutos da pesquisa científica na região. O evento, aberto à comunidade acadêmica envolvida ou interessada nas pesquisas realizadas na REGUA e suas proximidades, foi destacado por Raquel Locke, vice-presidente da instituição, como um momento de confraternização e aprendizado mútuo, onde a admiração pelos diversos trabalhos desenvolvidos floresceu. A Reserva Ecológica de Guapiaçu tem se firmado como um bastião vital para a pesquisa científica nas áreas de biodiversidade, conservação e restauração ecossistêmica no estado do Rio de Janeiro. Desde 2001, a REGUA tem sido lar para o desenvolvimento de 90 teses e dissertações, além de 26 trabalhos de iniciação científica e 13 pós-doutorados, entre outros projetos de pesquisa. Esses esforços culminaram na publicação de aproximadamente 160 artigos científicos, retratando estudos realizados diretamente ou indiretamente em sua área.
- Sucesso na 1° Capacitação em Restauração Florestal: Parceria Internacional promove onhecimento local e conservação ambiental
O Instituto de Tecnologia e Gestão de Recursos nos Trópicos e Subtrópicos (ITT) da Universidade de Colônia, na Alemanha, em colaboração com a Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA), o Instituto de Florestas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e a Prefeitura Municipal de Cachoeiras de Macacu, por meio da Secretaria de Governo, celebraram o sucesso da primeira capacitação em restauração florestal. A capacitação, fundamentada no conhecimento local e na vasta experiência em restauração ecológica da REGUA, abordou temas essenciais como a conservação da biodiversidade, serviços ecossistêmicos, restauração ecológica, mitigação e adaptação ao clima, além de uma introdução à legislação ambiental. O curso faz parte do projeto REPLÂNTICA, financiado pelo Ministério do Meio Ambiente, Conservação da Natureza, Segurança Nuclear e Proteção ao Consumidor da Alemanha, através da Iniciativa Internacional de Proteção Climática (IKI). A primeira edição do curso aconteceu em junho, com 20 horas de duração, foi voltada para os profissionais do Governo do Município de Cachoeiras de Macacu. Os participantes não precisavam de conhecimento prévio, o que ampliou o alcance da capacitação. As atividades incluíram aulas práticas na REGUA, oferecendo uma oportunidade única de conhecer as ações de restauração em andamento no município. Os principais benefícios desta capacitação incluem: Corpo docente qualificado: Professores e técnicos altamente capacitados ofereceram uma formação robusta. Reconhecimento estratégico: Fortalecimento do reconhecimento do município como uma região crucial na produção de água e fornecimento de serviços ecossistêmicos. Certificação: Certificados de participação emitidos pela UFRRJ e pelo ITT da Universidade de Colônia, em parceria com a REGUA. Networking: Formação de uma rede de contatos e parcerias potenciais para futuras ações de restauração ecológica no município. A iniciativa representa um passo significativo na promoção da conservação ambiental e no fortalecimento das capacidades locais para a restauração ecológica, destacando a importância das colaborações internacionais para a proteção do meio ambiente.
- REGUA participa do lançamento oficial do programa regenerativo “Pró-Águas Rio”
A REGUA teve a honra de ser convidada para o lançamento oficial do programa regenerativo “Pró-Águas Rio” do Instituto Espinhaco, que ocorreu no dia 28 de junho na Casa G20, em Ipanema, Rio de Janeiro. O Instituto Espinhaço, fundado em 2009 por Luis Claudio Oliveira, é uma organização brasileira sem fins lucrativos dedicada a apoiar políticas públicas de restauração de ecossistemas, segurança hídrica e mitigação climática. Atuando em 11 estados do Brasil e em 12 países ao redor do mundo. O Instituto trabalha no âmbito da iniciativa ONU-Água com foco em programas de segurança hídrica, sendo a restauração essencial para o seu sucesso. O Instituto é um exemplo inspirador de governança inovadora que integra todos os setores da sociedade. Durante a apresentação, Luis destacou a importância da sociedade estar no centro das ações regenerativas. O programa Pró-Águas Rio visa restaurar 7,5 mil hectares no estado do Rio de Janeiro, focando no déficit da Reserva Legal obrigatória na Mata Atlântica. Utilizando recursos de carbono das árvores plantadas e apoio da indústria. Trata-se de mais uma iniciativa visando contribuir para atingir a meta Brasileira de aumentar a cobertura florestal do bioma em 10%. Estamos orgulhosos de fazer parte desta iniciativa transformadora que promove um futuro mais sustentável para todos!
- Lobo Guará é flagrado por armadilha fotográfica na Mata Atlântica do Brasil
Por Lee Dingain Faz tempo que o ambientalista e fotógrafo de natureza Juran Santos há muito tempo capta imagens de animais da Mata Atlântica, tendo começado a visitar regularmente a REGUA há seis anos para registrar e monitorar a vida selvagem da reserva, montando armadilhas fotográficas ao longo de diversas trilhas, auxiliado pelo nosso Guarda-Parque Rildo da Rosa Oliveira. As armadilhas fotográficas são ideais para monitorar a vida selvagem com o mínimo de perturbação e impacto, fornecendo informações raras sobre o comportamento de espécies que são raramente avistadas. Puma, Gato-Maracajá, Jaguatirica, Tamanduá do Sul, Irara, Graxaim-do-mato [espécie de Cachorro-do-mato] e Cuíca-de-três-listras estão entre os mamíferos altamente evasivos registrados pelas armadilhas fotográficas de Juran na REGUA até o momento, com pássaros raros que vivem no solo da floresta como o Macuco, incluindo grupos familiares e rituais de acasalamento; bandos forrageando do Uru-capoeira e do Vira-folha em vídeo. Nada, no entanto, preparou Juran e Rildo para o que os arquivos de vídeo da armadilha fotográfica baixados na semana passada revelaram: o primeiro lobo-guará da REGUA. O maior canídeo encontrado na América do Sul, esta 'raposa com pernas de pau' é facilmente reconhecida por suas pernas pretas incrivelmente longas - uma adaptação ao seu habitat de pastagem - pelo longo marrom-avermelhado, orelhas grandes, cauda com ponta branca e crina preta em seu pescoço e costas, daí o seu nome. O lobo-guará está associado a habitats abertos quentes e secos, como pastagens arbustivas e florestas de dossel aberto no interior do Brasil (Cerrado) e no Paraguai (Chaco), evitando fortemente habitats florestais com dossel fechado. Raramente são encontrados na encosta florestada húmida da serra dos Órgãos onde se situa a REGUA, pelo que o aparecimento deste indivíduo na densa floresta húmida da REGUA é uma grande surpresa. Então, o que o trouxe aqui? A perda do seu habitat para a agricultura, a matança retaliatória pela predação de gado, a caça furtiva para jardins zoológicos e coleções particulares, a caça de troféus e as doenças infecciosas transmitidas por cachorros domésticos são as principais ameaças a esta espécie. Os lobos-guará são forçados a viajar para lugares mais distantes em busca de comida e água, e a fragmentação do habitat pelas estradas bem como o aumento do tráfego rodoviário levam muitos a serem atropelados por veículos em toda a sua área de distribuição. O indivíduo registado na REGUA pode ter estado de passagem em busca do seu habitat aberto preferido, ou talvez tenha expandido a sua área de alimentação. De qualquer forma, a mata protegida da Reserva Ecológica do Guapiaçu oferece refúgio para esse magnífico animal e também para todas as outras espécies capturadas por Juran em armadilhas fotográficas.
- Lançamento de Projeto para Recuperação da Mata Atlântica no Recôncavo da Guanabara
Nesta quinta-feira, 23 de maio de 2024, o auditório da Prefeitura de Guapimirim foi palco do lançamento do projeto "No Caminho da Mata Atlântica: restaurando paisagens produtivas no Recôncavo da Guanabara". Esta iniciativa busca promover a recuperação da vegetação nativa da Mata Atlântica através de uma gestão integrada da paisagem nos municípios de Cachoeiras de Macacu, Guapimirim e Magé. O projeto é uma colaboração entre o Instituto Internacional para a Sustentabilidade (IIS) e o Caminho da Mata Atlântica (CMA), contando com importantes parceiros como a Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA), a Embrapa Agrobiologia, a Agroicone, o Instituto Socioambiental (ISA) e a Associação de Agricultores Biológicos do Estado do Rio de Janeiro (ABIO). O financiamento é provido pelo Programa Florestas do Amanhã, via Fundo da Mata Atlântica (FMA-RJ), com o Funbio atuando como gestor operacional. A proposta do projeto é recuperar a vegetação nativa da Mata Atlântica, contribuindo para a sustentabilidade ambiental e econômica da região. A abordagem adotada inclui práticas de gestão integrada que visam beneficiar tanto o meio ambiente quanto as comunidades locais, promovendo a restauração de paisagens produtivas e incentivando a sustentabilidade. O evento de lançamento reuniu diversas autoridades locais, ambientalistas e membros das comunidades envolvidas, destacando a importância da colaboração entre diferentes setores para a preservação e recuperação de um dos biomas mais ricos e ameaçados do Brasil.
- "Viva a Mata" Celebra a Mata Atlântica e homenageia defensores ambientais
No dia 27 de maio, a Fundação SOS Mata Atlântica realizou o "Viva a Mata", um evento fechado que reuniu parceiros, voluntários, doadores, ambientalistas, autoridades da área ambiental e amigos para celebrar o Dia da Mata Atlântica. A cerimônia, destinada a convidados especiais da fundação, foi uma oportunidade para reforçar a importância da conservação deste bioma vital. Durante o evento, os participantes revisaram os avanços e desafios enfrentados no último ano. Um dos pontos altos foi a apresentação dos dados do Atlas de Desmatamento da Mata Atlântica, que fornece uma visão detalhada sobre a perda de vegetação nativa e os esforços para combater essa degradação. Além disso, foram compartilhadas boas práticas e discutidos projetos em andamento que visam a preservação e recuperação da Mata Atlântica. A ocasião também foi marcada por homenagens a indivíduos que fizeram contribuições significativas para a causa ambiental. Entre os homenageados, destacaram-se Nicolas e Raquel (presidente e vice-presidente da Reserva Ecológica de Guapiaçu), reconhecidos por seu trabalho dedicado à proteção da Mata Atlântica. O Viva a Mata não foi apenas um momento de celebração, mas também de reflexão e renovação do compromisso com a sustentabilidade e a proteção da Mata Atlântica. A Fundação SOS Mata Atlântica reafirmou seu compromisso de continuar mobilizando esforços para garantir um futuro mais verde e sustentável para as próximas gerações.