Por alguma razão, o verde não é uma cor comum ou popular entre as borboletas neotropicais. Ao contrário de outras regiões tropicais do Velho Mundo, ocorrem apenas uma dúzia de borboletas esverdeadas nos trópicos americanos (alguns licenídeos dos gêneros Cyanophrys, Evenus, Arcas, Erora, alguns papilionídeos e Nessaea). entre elas o exemplo mais chamativo é a enorme borboleta verde malaquita, com linhas marrom e grandes asas quadradas de margens denteadas. Esta borboleta é uma imitação dos heliconídios (borboletas de asa longa) Philaethria wernickei e P. dido, das quais virtualmnte se distingue apenas pelo maior tamanho, asas menos alongadas e a margem externa da asa posterior fortemente serrilhada com 3 pequenas indentações.
É uma espécie comum encontrada em uma vasta área das Américas do sul do Texas, Flórida e das Índias Ocidentais até a Bolívia, Argentina, Paraguai e sul do Brasil. Os adultos são espécies típicas de floresta aberta, encontradas desde o nível do mar até 1.500 metros em habitat florestal úmido ou sazonalmente perturbado, como clareiras, margens de rios, estradas, bordas, vegetação secundária e até pomares ou jardins onde muitas espécies herbáceas de Acanthaceae prosperam (Blechum , Justicia, Ruellia).
Os adultos são atraídos por flores e frutas podres, eles costumam repousar e se ensolarar na folhagem mais baixa em trilhas, estradas ou jardins, e as fêmeas patrulham pequenos trechos desse habitat em busca de suas plantas hospedeiras para colocar os ovos de onde eclodem as lagartas da próxima geração. Estas são preto-oliva com tubérculos rosados e brancos, lembrando muito as lagartas tóxicas de Parides e Battus (Papilionídeos). As pupas são verde-limão claras com alguns espinhos curtos.
Data: 09/04/21