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MONITORAMENTO

A REGUA efetua um contínuo monitoramento da biodiversidade e possui parcerias com diversos pesquisadores de diferentes universidades. São duas linhas principais de monitoramento de fauna na reserva; o monitoramento da resposta da fauna às ações de restauração e o monitoramento integrado do uso das trilhas pela fauna. Parcelas permanentes estão sendo implementadas e serão monitoradas com frequência regular através de câmeras traps.

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Um dos programas de monitoramento é realizado pelo Dr. Manoel Muanis, biólogo com mestrado em Mastozoologia e doutorado em Ecologia pela UFRJ, através do programa Earthwatch Institute. O monitoramento da resposta de populações de mamíferos ao reflorestamento que a REGUA faz, ocorre desde 2019 com participação de voluntários da ciência cidadã. O interessado em ciência e ecologia, pode vir à REGUA passar uma ou duas semanas e ser voluntário neste projeto de monitoramento e ainda ajudar a financiar a pesquisa. Maiores informações podem ser obtidas no site do projeto:

https://earthwatch.org/expeditions/wildlife-and-reforestation-brazil

As atividades principais deste projeto incluem a coleta e medição de pequenos mamíferos em armadilhas do tipo live-traps e a instalação e monitoramento de câmeras fotográficas automáticas. Além disso, os voluntários ajudam na coleta de dados do monitoramento de crescimento da vegetação, que são usados para o cálculo do carbono sequestrado e também nas atividades de reflorestamento da REGUA.

Colaborador da REGUA configurando armadilha fotográfica - © Vitor Marigo

O outro monitoramento é realizado pelo pesquisador residente Dr. Jorge Bizarro com foco nas borboletas, sendo executado uma vez por semana, todos os meses, em quatro trilhas seguindo a ordem: semana 1- Trilha Amarela / semana 2 - Trilha Marrom / semana 3 - Fragmento Cunha / semana 4 -  Trilha Violeta. Os trechos possuem entre 1,7 a 3 km e demoram em média uma hora e meia para realização do monitoramento. Em cada caminhada se anota o número de borboletas avistadas e dentro do possível se identifica a espécie dos indivíduos avistados, usando apenas um par de binóculos como ferramenta auxiliar. Este trabalho permitirá quantificar melhor a população local de borboletas, as áreas onde determinadas espécies são mais frequentes e assim dispor de dados que aumentem a eficácia da oferta da atividade de observação e fotografia destes maravilhosos insetos aos hóspedes e visitantes.

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Borboletas com hábitos gregários na Trilha Marrom  - © REGUA
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Filmagem de filhote de Anta realizada por uma armadilha fotográfica - © Refauna

Temos um terceiro monitoramento que está voltado para as antas, que consiste em idas a campo para realizar coleta das imagens das armadilhas fotográficas (camera traps). O monitoramento de antas é feito também com os colares de radiotelemetria, que permitem acompanhar a localização quando elas são soltas, assim podem ser obtidas informações a respeito da adaptação dos animais ao novo ambiente. E não é só isso, as relações ecológicas das antas na floresta também são monitoradas pela equipe do @lemasifrj, em estudos sobre sua dieta e dispersão de sementes, interações com besouros rola-bosta e relação com a estrutura da vegetação, compactação do solo e densidade de carrapatos. O objetivo é verificar o efeito da presença das antas no ambiente e entender as interações que elas estabelecem com os outros habitantes da floresta. Atualmente a malha de câmeras (cerca de 40), estão espalhadas pelas áreas de circulação das antas e próximas aos cercados de aclimatação. As equipes do REFAUNA e ANTologia fazem este acompanhamento.

Um outro tipo de monitoramento se dá através de alunos que vêm à REGUA para trabalhar especificamente com armadilhas fotográficas, a fim de monitorar os grandes felinos da REGUA. Atualmente, temos o aluno de mestrado Hugo Anselmo, que veio da Universidade do Porto, e está muito empenhado em buscar respostas sobre o comportamento dos pumas, que habitam as partes mais altas e bem preservadas de floresta na REGUA e PETP. Ele está sendo acompanhado pelo seu orientador Nuno Monteiro desde Portugal, e tem como coorientador o pesquisador André Lanna, que realizou seu doutorado com muriquis do sul aqui na REGUA. Também temos o aluno Yan Gonçalves, da UFRJ, que estuda a distribuição dos felinos ao longo dos gradientes altitudinais nas trilhas da REGUA.

As trilhas percorridas não são de fácil acesso, com trechos com muita subida chegando ao topo com 1.000 m de altitude. Mesmo com diversas dificuldades impostas pela natureza como as grandes distâncias percorridas e condições climáticas, os pesquisadores sempre ficam muito animados com os resultados e imagens incríveis da biodiversidade local!

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Imagem de Irara (Eira barbara) captada em armadilha fotográfica - © Refauna
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